O MEDO E O AMANHÃ
O medo é como a “matéria escura” do espaço sideral. É imperceptível, inexplicável, mas inevitável e necessária. Existe e existirá sempre sendo infinitamente maior, mais comum e mais determinante do que qualquer outro elemento identificável, mensurável e admirável da criação. Ninguém a vê, mas sem a “matéria escura” nada teria ordem, nada se sustentaria, nada teria sentido, nem a própria fé que a gente professa! A confiança, a segurança, a garantia, a força, a firmeza, a certeza só conseguem existir e se sustentar enquanto o medo lá estiver! O amanhã? Ah, o amanhã... esse tem nome bem apropriado: 'Amanhã'! E se o tal Amanhã for antecipado, puxado e trazido para hoje, deixa de ser Amanhã e passa a se chamar 'Ansiedade', aquela de quem, essa sim, Jesus mandou a gente se desvencilhar ao máximo enquanto andamos, porque ela acinzenta o nosso agora, drena a beleza do dia, opaca as cores da noite, sequestra a criatividade, suspende iniciativas, consome a mente, rouba a paz