George, que brincou com um perigoso brinquedo

Ontem, como faço diariamente enquanto dirijo para o trabalho, estava sintonizado na NPR (National Public Radio), ouvindo o programa "The Writer's Almanac", com Garrison Keillor. Ele leu um curioso poema de Hilaire Belloc baseado em fato real e intitulado "George, Who Played with a Dangerous Toy". Ao final, a autora apresenta a moral da história: Não se deve dar brinquedos perigosos aos piás! Amo poemas e, de vez em quando, arrisco-me até a compor alguns. Por se tratar de história comovente, com uma lição simples e prática, atrevi-me a traduzi-lo para mim mesmo e para os amigos que se interessam por histórias contadas em versos. Segue abaixo:
GEORGE, QUE BRINCOU COM UM PERIGOSO BRINQUEDO
-- E sofreu uma catástrofe de consideráveis proporções
Quando a avó de George tomou conhecimento
De que [o comportamento dele] tinha sido de ouro,
Ela prometeu [comprar], durante aquela tarde,
Um imenso balão. E foi o que fez.
Mas, quando [o balão] chegou
[e George logo começou a brincar],
O balão tocou na chama da vela,
E, sendo de espécie perigosa,
Explodiu fazendo um barulho estrondoso.
As luzes se apagaram! As janelas se quebraram!
A sala ficou cheia de fumaça fétida.
E, na escuridão, gritos, berros e gemidos
Se misturaram aos sinos elétricos,
[Ao barulho] da queda de ferramentas de alvenaria,
[Ao som de] trituração, como que de ossos quebrados,
E aos gritos terríveis.
Foi quando, pior do que tudo, a própria casa começou a ruir!
[Primeiro] rangeu, estremecendo para lá e para cá,
Para, em seguida, cair rua abaixo,
Que passou a ser [chamada por outro nome:] Savile Row.
Quando a ajuda chegou, dentre os mortos
Estavam a prima Mary, o pequeno Fred,
Os dois criados, o noivo,
O homem que limpava a sala de bilhar,
O capelão e a camareira.
E eu estou com um medo terrível:
Que o Monsieur Champignon, o mestre-cuca,
Ficará permanentemente surdo —
O mesmo ocorrendo com seus dois ajudantes.
Enquanto isso, George, que teve certa culpa,
Recebeu — vais lamentar ouvir isso! —
Um nódulo desagradável [escondido] bem atrás da orelha.
Moral da história:
Não se deve dar brinquedos perigosos aos piás.
“George, Who Played with a Dangerous Toy,” by Hilaire Belloc. Public Domain. [Tradução livre + acréscimo entre colchetes feitos por Luís Wesley de Souza em 19/02/2016]

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